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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

EDUCAÇAO INFANTIL E SUSTENTABILIDADE



      ASSUNTO MEIO AMBIENTE É INTERESSANTE ÀS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA QUE ESTAS SE TORNEM AMIGAS  DO PLANETA, TENDO ATITUDES DE CONSCIÊNCIA AGORA E NO FUTURO.
      O TRABALHO DESDE A INFÂNCIA É FAVORÁVEL PARA A FORMAÇÃO DO CARÁTER DO CIDADÃO CONSCIENTE EM ATITUDES FAVORÁVEIS À PRESERVAÇÃO DO NOSSO PLANETA.
      AS CRIANÇAS SÃO PARCEIRAS DA NATUREZA E DE SEUS ELEMENTOS. PORTANTO O CONTATO LÚDICO COM PROJETOS QUE VIABILIZAM O TRABALHO COM OS ELEMENTOS DA NATUREZA PROPORCIONA A ELAS E A SEUS FAMILIARES MAIOR VALORIZAÇÃO DO QUE PODEM SER UTILIZADOS DE FORMA CONSCIENTE, REUTILIZADOS E TRANSFORMADOS EM BRINQUEDOS, UTENSÍLIOS E UMA INFINIDADE DE OPÇÕES. SOMENTE COM A EDUCAÇÃO PODEMOS MUDAR A MENTE E O CORAÇÃO.


"RECONHECER QUE TODOS OS SERES SÃO INTERLIGADOS E CADA UM DEVE ASSUMIR O COMPROMISSO COM O FUTURO DO PLANETA, É RESPONSABILIDADES DE TODOS"


MAGDA
     

AMANHÃ



      PARA CRIANÇAS DE HOJE QUE OBTEM HABILIDADES E INFORMAÇÕES CONCRETAS, O FUTURO SERÁ MELHOR ASSEGURADO. ENTRETANTO DA MANEIRA COMO VIVEMOS HOJE É DIFÍCIL PREVER O AMANHÃ (FUTURO). O QUE DEVEM SABER? QUE ESCOLA QUERO PARA MEU FILHO? É TRABALHO DA ESCOLA, DE CASA OU DA COMUNIDADE A CONCIENTIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE?
      O PAPEL DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM PASSOU A SER DE FACILITADOR, PROVOCANDO O APRENDIZADO E PROPORCIONANDO PROVOCAÇÕES PARA INVESTIGAÇÕES ONDE HOUVER ASSUNTOS DE INTERESSE DA CRIANÇA.
      OS EDUCADORES (PAIS, COMUNIDADE E ESCOLA) DEVEM TER CONCIÊNCIA DE SI PRÓPRIO PARA EMPREITAR DESAFIOS EM SUA PRÓPRIA EDUCAÇÃO PARA MELHOR EDUCAR AS CRIANÇAS PARA O AMANHÃ.

MAGDA

O FUTURO É AGORA

    

 
      INTERAÇÃO DE CRIANÇAS E COMPUTADOR HÁ POUCO TEMPO ATRÁS ERA COMO ASSISTIR A UM FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA, HOJE PODEMOS PERCEBER QUE É TÃO COMUM QUE JÁ FAZ PARTE DO COTIDIANO DESDE O INÍCIO DA INFÂNCIA. AS CRIANÇAS DA ATUAL EDUCAÇÃO INFANTIL NASCERAM NA ERA DA TECNOLOGIA, MAS TERÃO  EM UM FUTURO PRÓXIMO, A RESPONSABILIDADE DE CUIDAR E PRESERVAR O MEIO AMBIENTE COM MUITA SERIEDADE. PENSO SEMPRE EM COMO A ESCOLA PODE COLABORAR E VIABILIZAR O ACESSO AO APRENDIZADO PARA A EDUCAÇÃO DESTA CRIANÇA NA CONFRONTAÇÃO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS QUE JÁ ESTÃO TÃO SÉRIAS E PREOCUPANTES, PERCEBO HOJE QUE ISTO É UMA QUESTÃO COMPLICADA E DIFÍCIL DE OS ADULTOS ENTENDEREM E MUITOS NÃO ESTÃO PREPARADOS NEM MESMO PARA ENSINAR SOBRE O ASSUNTO.


MAGDA

LEITURA DESDE O BERÇO





      A BEBETECA DEVE SERVIR PARA ESTIMULAR, DESENVOLVER A IMAGINAÇÃO E A SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA.
      NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA, A ESCOLA É FUNDAMENTAL PARA FOMENTAR O USO DA BIBLIOTECA E O GOSTO PELA LEITURA, UTILIZANDO-A COMO FONTE DE PRAZER E INFORMAÇÃO, AMPLIANDO O REPERTÓRIO DOS ALUNOS COM DIFERENTES GÊNEROS DE TEXTOS, AUTORES E ILUSTRADORES, INICIANDO ASSIM UMA HISTÓRIA DE LEITOR DESDE O BERÇO.


MAGDA

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O dizer "não" na educação - Por Içami Tiba




É muito comum os pais se queixarem que seus filhos não atendem aos nãos que eles lhes falam, ordenam, pedem, imploram ou mesmo quando dão a entender...
Esta desobediência ao não dos pais é globalizada. Praticamente todas as crianças do planeta custam a obedecer os seus pais. Há exceções, que são raras, que confirmam a regra de que os filhos hoje estão desobedientes aos seus pais.
É bastante comum eu ouvir este lamento de mães dito com um grande desânimo: Meu filho não me obedece, grita comigo, faz só o que quer, me agride, me ofende... Então eu pergunto: Quantos anos ele tem? Elas respondem: 2 anos!
Como pode uma criança de dois anos de idade tumultuar tanto a vida da sua mãe?
Digo com bastante convicção que é devido ao que o filho recebeu, como educação ou não, do que lhe aconteceu desde que nasceu. Raríssimos são os casos em que as crianças nascem desobedientes, como doenças psiquiátricas e graves transtornos psicológicos e de caráter. A maioria nasce absolutamente normal e vai se tornando inadequada ou deseducada aos poucos.
Um nenê que durma no colo para depois ser colocado no bercinho já começa um costume errado, pois lugar de dormir passa ser o colo e não o berço. Se, cada vez que acorda durante a noite, ele é pego no colo ele aprende que berço não é lugar para ele ficar, e passa a reivindicar a ficar no colo, onde irá adormecer. O nenê começa a formar a imagem de que só deve ir ao berço quando já estiver dormindo. Assim se ele for colocado no berço ainda acordado, ele se recusará a ficar no berço e criará mil desculpas próprias da idade para não ficar no berço. Sem dúvida é muito gostoso dormir no calor, no balanço e no afeto de um colo do que no bercinho. Não é natural no ser humano acordar em um lugar que ele não deitou. Enquanto ele nada sabe, ele dorme em qualquer lugar, portanto ele após arrotar o que mamou deve ser colocado de lado no berço para dormir, por mais que os adultos queiram lhe dar colo. O nenê chorar no berço, gritar, dizer palavras incompreensíveis etc é uma defesa natural por preferir fazer o que aprendeu, dormir no colo. Ele já sabe que está lutando por um direito que ganhou dos pais que queriam muito mais agradá-lo do que não o educar. O nenê não está desrespeitando ninguém. São os adultos à sua volta que não souberam educá-lo a dormir sozinho no berço. Quem aprende dormir no colo não quer saber se naquela noite os pais não têm como dar-lhe colo. Ele luta para dormir no que já se acostumou: o colo.
Um ponto muito importante que todos os humanos deveriam saber é: “Ninguém sente falta do que não conhece, mas arca com suas consequências”.
Todos sabem que lugar do bebê dormir é no berço e não no colo, mas como a maioria não sabe que o local do bebê adormecer também deve ser no berço, arcam com as conseqüências de um bebê que acaba atrapalhando o sono dos pais e muitas vezes até separando os cônjuges. Amor é muito bom, mas não resolve este problema das noites mal dormidas de todos na família. Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo o erro.

Assim também muitos nãos dos pais não são obedecidos principalmente pelos filhos:
que percebem que o não pode ser transformado em sim;
que nada lhe acontece se não obedecer ao não e continuar fazendo o que queria;
que os pais num dia dizem sim e noutro, não;
que basta questioná-los que eles deixam quando os pais não têm respostas;
que a boca diz não, mas os olhos dizem sim;
que a palavra diz não, mas todo o comportamento diz sim;
que o agora não se transforma em daqui a pouco pode.
fonte: http://educacao.uol.com.br

Clipping Educacional - UOL Educação

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tia Dag: ”Ninguém pergunta aos alunos o que eles querem”-Raiana Ribeiro - 12/08/11


                                                                  Tia Dag, fundadora da Casa do Zezinho.
Entrar na Casa do Zezinho é, antes de mais nada, experimentar um espaço vivo. Cada canto, sala, escada, ateliê ou pátio guarda uma história dos mais de 10 mil “zezinhos” que por ali passaram. Um verdadeiro labirinto, me arrisco no início da entrevista com a fundadora do lugar. “Não, um verdadeiro puxadinho”, corrige ela, revelando que aprendeu a técnica na favela.
“Não teria sentido algum eu construir um grande bloco, como são as escolas hoje em dia. A gente foi aumentando, juntando, formando um espaço muito parecido com o que eles têm como referência. E é por isso que eles se apropriam.”
É com essa vivacidade que, aos poucos, Dagmar Garroux, a Tia Dag, vai desvelando a pedagogia que há 18 anos vê florescer no centro educacional criado por ela. Localizada num dos distritos mais vulneráveis da cidade de São Paulo, o Capão Redondo, a Casa do Zezinho ocupa hoje quase um quarteirão e atende 1.500 crianças e adolescentes que, em sua maioria, não têm acesso aos serviços básicos para uma vida digna.
Quando pergunto à Tia Dag qual o balanço até agora de um projeto ambicioso como aquele, ela responde sem titubear: sucesso. “Posso dizer que 90% dos jovens que passaram por aqui foram para a faculdade ou abriram seu próprio negócio ou terminaram os estudos. Uma parte, perdemos para o tráfico ou roubo e ainda têm aqueles que estão entre o trampolim e o sonho.”
Educar para o mundo
                                                          "Ninguém pergunta aos alunos o que eles querem."
Precursora da chamada “pedagogia do arco-íris”, Tia Dag defende que o segredo para qualquer educador é saber escutar o que o aluno tem a dizer. “No Brasil todos sabem o que querem os professores, os diretores de escola, gestores, mas ninguém pergunta aos alunos o que eles querem.” Na Casa do Zezinho, segundo ela, os educadores são convidados a usar os cinco sentidos, mas principalmente a audição. “É preciso escutar esses meninos para depois tentar uma mediação.”
Além desses elementos, a pedagogia do arco-íris tem como ponto central o desenvolvimento da autonomia de pensamento e de ação a partir de quatro pilares da educação: Ser (Espiritualidade), Conhecer (Ciências), Saber (Filosofia) e Fazer (Arte). “Educar para o mundo, para a realidade não é uma tarefa fácil, envolve uma porção de coisas que a escola não tem dado conta”, admite.
Apesar da constatação, a Casa do Zezinho mantém uma relação bem próxima com a escola e as famílias dos “zezinhos”. O acompanhamento inclui visitas e reuniões, além do monitoramento do desempenho dos alunos em sala de aula. Para Tia Dag, esse diálogo é fundamental para entender e acolher as dificuldades que eles enfrentam.
A outra margem
“Se no passado os rios da cidade foram usados para ampliar o Brasil, hoje eles servem para reduzi-lo e separá-lo. Quem está do lado de lá da ponte vive uma vida muito diferente de quem está entre as margens. A ponte divide os ricos dos pobres”, reflete Tia Dag sobre as divisões geográfica e social da capital paulista, que é cortada pelos rios Pinheiros e Tietê, barreiras naturais que separam a parte rica da periferia da cidade.
Além de ser considerado um dos distritos mais violentos da cidade (dados do primeiro semestre de 2011 o colocam como o terceiro em número de homicídios), o Capão Redondo sofre com a ausência de teatros, museus e casas de shows, além da falta de equipamentos culturais públicos. Sem ofertas e com uma demanda cada vez maior, os moradores dependem de iniciativas próprias ou das organizações que atuam na área para ter acesso à cultura.
“É o Cinema na Laje, o Ferréz, os saraus, o Hip Hop, tem algo muito interessante acontecendo nos últimos anos no Capão. O resto da cidade precisa saber que a criatividade leva à força e à coragem e que, em algum momento, essas pessoas – que são a maioria em São Paulo – vão querer mais”, sinaliza.
Ela é categórica ao afirmar que se nega a chamar a favela de comunidade. “Uma comunidade tem endereço, ruas, praças, casas, energia elétrica, saneamento básico. Favela tem beco, esgoto, barraco, umidade. Agora me diz: dá pra chamar favela de comunidade?”
Dagmar ou Tia Dag
“Os pedagogos vão dizer que está errado, que não pode chamar de tia, mas olha, se eu considerar que todos vivemos na Terra, que é a nossa mãe, posso dizer que somos todos irmãos, primos, tios. Então não há problema algum em ser a Tia Dag. Eu nem ligo mais pra isso, mas tem gente que ainda pega no pé”, afirma sobre a polêmica do apelido.
   Mais de 10 mil "zezinhos" já passaram pelo centro educacional.
Aos 56 anos, Dagmar parece incansável. “Uma das nossas prioridades agora é a Ecocabana. Você já visitou?” A construção, que leva garrafas PET recheadas de sobras de materiais das aulas dos “zezinhos”, foi erguida com a ajuda de pais que estavam desempregados e é a nova aposta em educação ambiental da Tia Dag.
E não parece ser a única. A lista de ideias e projetos que ela carrega indica que não há intenção de parar tão cedo. “Não penso mesmo. Aliás, pode anotar aí: ainda tenho muito o que fazer como educadora.”

ENVIADO POR MINHA AMIGA NATÁLIA ZARAMELO

domingo, 7 de agosto de 2011

Por que trabalhar identidade e autonomia? - NOVA ESCOLA

Desenvolvimento pleno exige estímulos afetivos, cognitivos e motores

Na rotina da creche, os bebês precisam de oportunidades para realizar ações por conta própria
O desenvolvimento da identidade e da autonomia dos pequenos não ocorre de maneira adequada se não for estimulado. Por isso, todo educador que trabalha na creche desempenha um papel essencial, pois ele ajuda a criança a desenvolver-se, desde que consiga estabelecer vínculos com ela.
Um pouco de teoria
Segundo o médico, psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962), um dos principais estudiosos do desenvolvimento infantil, antes mesmo da aquisição da linguagem, a emoção se configura como o meio utilizado pelos bebês para estabelecer uma relação com o mundo. Ele foi o primeiro pesquisador a incluir a afetividade como componente para a formação integral da criança, junto do movimento, da inteligência e da formação do eu como pessoa. Aspectos motores, afetivos e cognitivos, portanto, integram-se o tempo todo ao longo do desenvolvimento. E a manutenção de vínculos com os adultos é essencial.
Esse aspecto é explorado com profundidade na obra do psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934), para quem o homem é dialógico por natureza. Isso significa que ele precisa dos semelhantes para existir, ser e viver. O psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981), vai ainda mais fundo. Para ele, a ideia que temos do "eu" só é possível graças ao outro. Ou seja, o "eu" é construído pela imagem do outro. A identidade e a autonomia, portanto, estão intimamente ligadas às relações com o grupo.
À medida que os pequenos vão sendo atendidos em suas necessidades básicas, eles passam a identificar as pessoas que cuidam deles e aprendem a se localizar no ambiente. Aos poucos, também percebem que são distintos das outras pessoas e passam por um estágio de reconhecimento da própria imagem diante do espelho, marca da passagem que diferencia o "eu" do outro.
A especificidade do trabalho na creche
Até os três anos, praticamente todas as descobertas e brincadeiras estão relacionadas à construção da identidade e da autonomia. Por isso, o educador deve estar sempre atento a qualquer manifestação das crianças (choros, caretas, movimentos). Também é importante sempre chamá-las pelo nome; além de observar e de registrar, com cuidado, as preferências e gostos de cada um.
Para Beatriz Ferraz, coordenadora da Escola de Educadores, em São Paulo, "unir cuidados e conteúdos é oferecer, ao mesmo tempo, afeto e Educação desde os primeiros anos de vida". O eixo de identidade e autonomia trata, justamente, da capacidade de o bebê se perceber como pessoa e tornar-se independente, desde que receba os estímulos adequados. Vale lembrar que os bebês aprendem de forma ativa e, por isso, valorizar a exploração e a manipulação de espaços e de objetos é imprescindível nesse período.
Uma boa evolução psicomotora, cognitiva e linguística está vinculada ao processo de construção da personalidade e à capacidade de se relacionar e de se comunicar com as outras pessoas. E é somente ao ter a oportunidade de interagir que o bebê aprende a se relacionar com o outro. O mundo e ele deixam de ser uma coisa só (a criança não distingue totalmente os limites entre ela e o outro até o primeiro ano de vida) e os conflitos gerados nessas situações de interação são um ótimo meio de aquisição da linguagem verbal, desde que bem mediados por você. Já as atividades que a criança começa a realizar sozinha, como alimentar-se ou observar as ações dos colegas, ajudam-na a incorporar hábitos e valores do lugar onde vive.
Confira a reportagens e vídeos da série especial sobre desenvolvimento infantil e entenda como se forma o pensamento das crianças.
http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/roteiro-didatico-identidade-autonomia-creche-634707.shtml?page=2

O que é identidade e autonomia? - NOVA ESCOLA

O bebê se percebe como ser único quando reconhece os próprios limites (e os dos outros)

Reconhecer a própria imagem é um dos passos para a construção da identidade

Identidade
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, identidade remete à ideia de distinção. Diz o documento: "é uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir, de pensar e da história pessoal".
Construir a identidade implica conhecer os próprios gostos e preferências e dominar habilidades e limites, sempre levando em conta a cultura, a sociedade, o ambiente e as pessoas com quem se convive. Esse autoconhecimento começa no início da vida e segue até o seu fim, mas é fundamental que alguns conhecimentos sejam adquiridos ainda na creche.
Assim que nasce, o bebê permanece um bom tempo em fusão com a mãe. Isso significa que ele ainda não é capaz de reconhecer os próprios limites e os limites do outro. Por isso, o desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida está intimamente ligado a experiências de frustração - no jargão freudiano (leia mais sobre Sigmund Freud) - pelas quais terá de passar para compreender-se como um ser único em meio a outros seres igualmente singulares, ou seja, um ser com identidade própria.
O cerne da construção da identidade está nas pessoas com as quais a criança estabelece vínculos. A família é o primeiro canal de socialização. Em seguida, e tão importante quanto, está a escola.
Autonomia
A autonomia, segundo o mesmo referencial curricular é "a capacidade de se conduzir e de tomar decisões por si próprio, levando em conta regras, valores, a perspectiva pessoal, bem como a perspectiva do outro". Mais do que autocuidado - saber vestir-se, alimentar-se, escovar os dentes ou calçar os sapatos -, ter autonomia significa ter vontade própria e ser competente para atuar no mundo em que vive. É na creche que a criança conquista suas primeiras aprendizagens - adquire a linguagem, aprende a andar, forma o pensamento simbólico e se torna um ser sociável.
A especificidade do trabalho na creche
Na faixa de 0 a 3 anos, explorar o eixo identidade e autonomia envolve ajudar os pequenos a desenvolver o reconhecimento da própria imagem. O objetivo é que eles se identifiquem como seres únicos, com corpo, hábitos e preferências próprias. Ao mesmo tempo, é desejável que os bebês ganhem independência progressiva para tanto para realizar ações cotidianas, como brincar e se expressar por meio da linguagem, quanto para o cuidado com a higiene e a alimentação. O caminho privilegiado para conseguir esse desenvolvimento são as atividades de interação, que possibilitam a criação de vínculos afetivos e o aprendizado das regras para a vida em sociedade.

IDENTIDADE E AUTONOMIA - NOVA ESCOLA




MAGDA