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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PROPOSTA DE TRABALHO PARA FUNÇÃO DE COORDENADOR PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


SUMÁRIO



DIAGNÓSTICO....................................................................................................3
INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
OBJETIVOS........................................................................................................7
METODOLOGIA................................................................................................11
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................14
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................18















DIAGNÓSTICO

A EMEB--------------enfrenta dificuldades de aspectos físicos (prédio) e funcionais (falta de funcionários), mediante estas dificuldades a gestão têm buscado por recursos junto à Secretaria Municipal de Educação mediante ofícios e reuniões periódicas com o secretário de educação e supervisores da rede municipal visando soluções para melhor atender a clientela escolar.

Tendo em vista que a escola apresenta um bom conceito com a comunidade escolar, possibilitando a participação efetiva dos pais  e da família na vida escolar do aluno e em eventos direcionados a ela, buscando sempre a integração e a valorização da mesma, é  necessário reorganizar e reestruturar a Unidade Escolar sempre que necessário por meio de mecanismos contidos na proposta política pedagógica  da escola para que este êxito persista..

A melhora na educação só será viabilizada com a participação efetiva dos profissionais da educação e a parceria da escola com a família, cabendo a Secretaria de Educação e a Prefeitura Municipal as situações externas  à escola.






INTRODUÇÃO

Hoje há, no entanto uma avaliação consensual entre professores, coordenadores, diretores, especialistas e pesquisadores do ensino, que a formação continuada do educador só terá eficácia se discutida, pensada e elaborada cotidianamente junto aos seus pares, no próprio local de trabalho, qual seja, a escola, fornecendo ao educador subsídios teóricos para reflexão dos caminhos que tem tomado o ensino.

 O coordenador tem a responsabilidade de gerar momentos satisfatórios de estudos com os educadores e demais profissionais, afim de promover e fortalecer o enriquecimento dos fatores mediadores do processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança na educação infantil. Se fazendo necessário seguir as  orientações de competências do coordenador pedagógico que consta do anexo VII do Plano de carreira (PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N.º 204/2009) (“Dispõe sobre os profissionais da educação básica e sobre a reorganização do Estatuto, Plano de Carreira, Vencimentos e Salários do Magistério Público do Município de Araçatuba e dá outras providências”).

IV-  Coordenador pedagógico:

a)     Coordenar as atividades de ensino e aprendizagem na unidade escolar, planejando, supervisionando, orientando e avaliando estas atividades, para assegurar regularidade no desenvolvimento do processo educativo, do ensino regular e do período integral inclusive do berçário;
b)     Realizar estudos e pesquisas relacionadas às atividades de ensino, analisando os resultados e propondo intervenções;
c)     Participar da elaboração da proposta pedagógica da escola;
d)     Promover a articulação com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
e)     Zelar pelo cumprimento do plano de trabalho dos docentes, avaliando, supervisionando e redirecionado os trabalhos se necessário de acordo com a proposta pedagógica da Secretaria da Educação;
f)      Coordenar e supervisionar o projeto de recuperação e reforço, zelando pelo sucesso dos alunos;
g)     Planejar, organizar e efetivar as horas de trabalho coletivo – HTPC e as horas de trabalho de desenvolvimento de projetos e pesquisas – HTPP, sob a supervisão do diretor de escola de modo que este momento contribua para a formação continua dos profissionais da unidade escolar;
h)     Conhecer e utilizar os recursos tecnológicos disponíveis, no trabalho técnico pedagógico e também nas atividades com alunos;
i)       Oferecer material de pesquisa e orientar os educadores adjuntos de creche, os educadores adjuntos infantis e os ADIs na elaboração e execução do seus planos trabalho;
j)       Acompanhar o processo de desenvolvimento dos estudantes, em colaboração com os docentes e as famílias;
k)     Elaborar estudos, levantamentos qualitativos e quantitativos indispensáveis ao desenvolvimento do sistema ou rede de ensino ou da escola;
l)       Zelar pela aprendizagem dos alunos;
m)    Manter contato cordial e profissional com pais e/ou responsáveis, para a troca de informações sobre a criança;
n)     Manter rigorosa higiene pessoal e vestimenta adequada a sua função;
o)     Cumprir as determinações superiores, representando, imediatamente e por escrito, quando forem manifestamente ilegais;
p)     Executar outras tarefas correlatas determinadas pelo superior imediato.


Sendo assim a formação do coordenador deve ser contínua ao longo de sua trajetória profissional, assim como a do educador e dos demais funcionários envolvidos no cuidar/educar, focalizando sua dificuldade e prática para melhor desenvolver seu trabalho junto às crianças.­­ Nós profissionais devemos conhecer o grupo de crianças com o qual temos que lidar, podendo aprofundar nossos estudos, observações e discussões relativas às situações que vicenciamos com a criança no momento da formação continuada nesta unidade de educação infantil.

 Nesse sentido o coordenador pedagógico deve ter como meta a ampliação de discussões e reflexões, de modo que envolva os educadores da escola, na busca e elaboração de soluções.

Assim a escola estará se transformando no espaço onde se processam e se contextualizam os conhecimentos que favorecem as mudanças nas práticas profissionais decorrentes da atualização e formação continuada otimizando a ação do docente.

A formação pessoal e social e para o conhecimento de mundo da criança deve ser o objetivo de cada docente, não por ser apontado pelo Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI) mas sim porque necessitamos de crianças saudáveis, dinâmicas e que consigam viver essa fascinante etapa da vida para poderem desenvolver todas as suas potencialidades quando adolescentes e adultos.

Conforme constatação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) a criança, cuja família participa de forma mais direta no cotidiano escolar, apresenta um desempenho superior em relação àquela onde os pais estão ausentes do seu processo educacional.

A escola faz parte do cotidiano do aluno e os pais devem estar envolvidos em todo o processo de aprendizagem, pois ao dialogarem com o filho sobre sua participação na escola, propiciar local e horário adequado para realizar as tarefas, incentivar a não faltar à escola, criar  hábitos junto aos filhos  de leitura, os pais estarão contribuindo para a obtenção de conhecimento e aprendizado.

Sendo assim é de suma importância ter a participação dos pais no contexto escolar opinando na busca de estratégias para a melhoria da escola e do rendimento escolar do aluno.

 Organizar capacitações para professores, fazer atendimento a pais e alunos, dar sustentação pedagógica para os professores. Enfim, compete ao coordenador promover a redistribuição das responsabilidades e criar um ambiente propício no processo social e educacional da escola. Sendo ele um articulador, transformador e formador.


OBJETIVOS

Os objetivos que possibilitem a produção de conhecimento, numa perspectiva de formação voltada à cidadania, oferecendo o suporte necessário aos educadores da instituição para as propostas de formação continuada deverão enfatizar:

·        A aquisição de conhecimentos;
·        Desenvolvimento de habilidades específicas e de atitudes.
·        Ênfase nas relações humanas (interpessoais) no interior da escola com os funcionários e pais de alunos+;
·        Ênfase na aprendizagem de métodos e técnicas de aprendizagem;
·        Ênfase nas dinâmicas aplicadas ao ensino.
·        Fortalecimento da relação dos pais com a escola, promovendo sempre que se fizer necessário reuniões para tratar de assuntos pertinentes à educação de seus filhos.

Uma política para a formação continuada em serviço deverá estar pautada em alguns pressupostos coerentes com as exigências de democratização de educação escolar:

·      Assumir que o professor é um cidadão concreto, portanto, uma síntese de múltiplas determinações, que trabalha para garantir o seu sustento (e o de uma família) e deve trabalhar também para a transformação da sociedade;

·       Auxiliar para que o professor assuma a dimensão individual do seu processo de formação continuada em serviço, mediante compromisso com o próprio desenvolvimento, que vai abordar o conjunto de sua prática social como cidadão;

·      Encaminhar a formação continuada do professor em serviço como um processo, no qual diferentes fases e meios estarão articulados, garantindo assim uma continuidade do trabalho.

·      Estimular o desenvolvimento do professor em outras modalidades de participação que desenvolvam a sua cidadania como um todo na  formação continuada em serviço.

·      Identificar as necessidades dos professores na formação continuada em serviço devendo ser encaminhadas como um processo, com a participação efetiva dos professores, discutindo os problemas que enfrentam no cotidiano do seu trabalho;

·      Ser garantido um processo de reflexão em que as causas dos problemas, suas manifestações e o contexto no qual aparecem sejam amplamente discutidos, especificando aquilo que é interno e externo à escola, e aquilo que é externo e acaba entrando na escola; delimitando a curto, médio e longo prazo aquilo que a educação do educador deve ou não superar;

·      Considerar os problemas da prática dos professores como ponto de partida e ponto de chegada do processo, garantindo-se uma reflexão com auxílio de fundamentação teórica que amplie a consciência do professor em relação aos problemas e que aponte caminhos para uma atuação coerente, articulada e eficaz;

·      Resgatar no planejamento da ação de educação do educador em serviço respeitando, aperfeiçoando e buscando garantir as melhores condições para seu desenvolvimento docente: textos, material e condições de trabalho.


·      Auxiliar o professor na organização da rotina, para que esta seja  utilizada como forma de organização do tempo, facilitando para que a criança se oriente em relação ao tempo-espaço e consiga se desenvolver, tornar-se mais independente, segura, além de facilitar sua socialização.

Faz-se necessário destacar a importância da participação efetiva dos pais na vida escolar de seu filho e cabe ao coordenador junto aos professores em HTPC  e HTPP articular mecanismos para:

·      Sensibilizá-los a participarem ativamente na vida escolar dos seus filhos.

·      Envolvê-los em todo o processo de aprendizagem dos alunos dos quais são responsáveis.

·      Disponibilizar mecanismos para o comparecimento dos pais na escola sempre que pedido ou por iniciativa própria.

·      Conscientizá-los a cooperarem com as atividades extracurriculares,  incentivando seu filho a adquirir hábitos de leitura.


 Os objetivos aqui propostos no programa de formação continuada do professor em HTPC e HTPP deverão se firmar em compromisso com a aprendizagem própia e dos alunos, prevendo mudanças desejadas a curto, médio e longo prazo na prática dos educadores que atuam nesta unidade.


METODOLOGIA

O papel do coordenador é o de qualificar as práticas desenvolvidas pelos educadores, exercendo o trabalho de formador para toda a equipe escolar com avaliações permanentes de seu próprio trabalho em relação à direção e aos educadores e aos trabalhos da equipe escolar. A escola no papel do coordenador  e gestor é responsável pela formação da equipe na construção da identidade das crianças, que muitas vezes são pouco assistidas pelas famílias pela expansão do trabalho da mulher (mãe) para contribuir com a renda familiar ou ser a própria mantenedora de seu lar.

É necessário, portanto que o coordenador tenha a sensibilidade de ver e rever  junto a sua equipe, a organização dos espaços ocupados pelas crianças e da intencionalidade dos educadores quanto à qualidade de ensino oferecido a elas, a reflexão e o diálogo  na formação garante que a criança obtenha maior êxito na construção de sua identidade, autonomia, no relacionamento com os adultos da escola e com a família. O cuidar e o educar na educação infantil devem contemplar a multiplicidade de dimensões da pessoa humana, privilegiando a escuta e favorecendo a reflexão, cultivando a permanente busca do autoconhecimento e da percepção de si e do mundo, assumindo postura de formador que sirva como referência para o educador que é o responsável direto pelo educar da criança, articulando saberes, teorias e práticas entre os educadores e a equipe escolar.

A postura do professor frente aos conteúdos interfere nos meios que utiliza para ensinar, na relação que estabelece com os alunos e na forma como avalia, refletindo, em última instância os objetivos que persegue.

Em primeiro lugar, o coordenador precisa saber quais conteúdos estão sendo ensinados, analisá-los no todo da escola para interpretá-los, juntamente com os professores, no sentido de entender o seu significado e a sua importância para as crianças.

Com isto se está buscando identificar a proposta dos professores e da escola em relação aos conteúdos.

Em segundo lugar, é preciso identificar os elementos definidores dos conteúdos: quem os define e como; a partir de quais referenciais são definidos; por que são definidos estes e não outros; qual o ponto de partida para a definição destes. Com isto o coordenador está buscando identificar o grau de consciência dos professores em relação aos conteúdos de seus eixos.

Em terceiro lugar, verificar se os conteúdos ensinados levam em consideração a experiência ou não dos alunos e o grau de conhecimento que já possuem. Se isto ocorre, verificar de que maneira a experiência do aluno é incorporada nos novos conteúdos propostos e se tem avançado para além dela, e quais as conseqüências que se pode observar. Como se dá esta incorporação (ou não) nos diferentes eixos. Alguns eixos, por sua natureza, podem ser facilitadores dessa incorporação.

 O trabalho do coordenador será de assessoria no processo ensino-aprendizagem, desenvolvido na relação professor-aluno. Requer, portanto, o conhecimento não apenas dos alunos, mas também das condições concretas, pessoais e profissionais dos professores. Sobre a questão dos conteúdos que estarão sendo ensinados remete, necessariamente, à questão dos conteúdos que estarão sendo aprendidos.

A prática da troca de informações entre professores em conjunto em horário de HTPC ou HTPP pode favorecer a aprendizagem, na medida em que se fornecem parâmetros para alterações metodológicas, novas articulações de conteúdos não previstos para melhor compreensão do aluno, etc.
   
Dialogar para criar um ambiente em que todos participem coletivamente, administrar conflitos, ceder a idéias dos outros, fazer com que as pessoas participem com suas idéias, façam e recebam críticas e aceitem os consensos. Atuar democraticamente (e internamente), levando o educador à reflexão da sua prática, gerando assim, questões para o debate constante a que podemos chamar de formação continuada docente.

O Coordenador Pedagógico tem a tarefa de manter-se atualizado, realizando leituras específicas da sua área de atuação bem como a respeito de assuntos de interesses da escola. Ou seja, o Coordenador Pedagógico também está inserido no processo de formação continuada, formando e sendo formado em sua prática.

Estimular os professores a agirem, superarem, desempenharem com qualidade suas atividades e desenvolvendo-se em sua formação continuada e no trabalho com os alunos, buscando novas teorias e práticas educativas se necessário for.
Toda atividade da criança, dentro ou fora do espaço escolar, tem importância na sua formação e no seu desenvolvimento pleno, sejam experiências positivas ou negativas. Com a formação continuada o professor, deverá se sentir mais preparado a contribuir para que a criança entenda e consiga absorver o conhecimento existente nas experiências.

 A Coordenação Pedagógica tem por finalidade ajudar a elaborar e aplicar o projeto da escola, dar orientação em questões pedagógicas e principalmente dar assistência aos professores, alunos e pais, de forma individual ou em grupo, buscando por um melhor desenvolvimento e aprendizado. Objetiva também garantir a unidade e a continuidade da ação educativa, atuando antes, durante e após o processo de aprendizagem, em todos os níveis de sua competência, desenvolvendo atividades que promovam atitudes positivas necessárias ao convívio social e a melhoria da vida escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os redirecionamentos das tarefas do coordenador na perspectiva do fazer pedagógico valorizam, pois, a sua atuação na escola. Esta proposta não se efetuará sem dificuldades, que precisam ser enfrentadas e que apenas apontaremos nos limites desta análise.

A primeira delas refere-se à própria formação do coordenador pedagogo em trabalho que precisa estar se atualizando constantemente para melhor auxiliar o professor. A segunda implica na revisão do processo de trabalho no interior da escola, vinculada à função social desta. Esta questão remete à necessidade de discutir as relações de poder e competência para o desempenho das tarefas pedagógicas. E, sobretudo, assumir o compromisso de transformar internamente a escola para colocá-la a serviço da democratização do ensino.

Com o avanço na educação e  da forma de ver a criança, as creches  passaram a não ser somente assistêncialistas e começaram a desenvolver o seu papel fundamental, que é contribuir para a formação do ser humano, o educar e o cuidar, pois a criança é indíviduo e cidadão, sujeito construtor e transformador de sua própria história, não simplesmente um futuro adulto.

O coordenador deve preocupar-se em ocupar as reuniões pedagógicas com assuntos de interesse e formação, recados e avisos devem ocupam espaços de tempo bem pequenos, breves e escritos para que não haja dúvidas, estar atenta a não ser conivente com posturas inadequadas dos educadores e considerar as dificuldades que alguns deles encontram em discernir o lugar apropriado para manifestar seus descontentamentos individuais e pessoais. As reuniões na escola em que trabalho tem sido proveitosas pela competência das profissionais que ali se encontram, buscando sempre novas alternativas, estudos e ideias, para potencializar o trabalho entre os integrantes da equipe, visando o aprimoramento do trabalho pedagógico e o sucesso escolar da criança.

O grupo de educadores deve ter consciência de que o espaço das reuniões constitui-se em uma das instâncias em que a construção do coletivo dos educadores se concretiza, facilitando as mudanças e inovações para uma prática pedagógica centrada na aprendizagem da criança. O coordenador articula a equipe de educadores para a implantação de novos desafios, criando condições para que as ações sejam pensadas, repensadas e compartilhadas neste espaço que tem o potencial de desvelar os avanços, fracassos, dúvidas e dificuldades, servindo de suporte que acerca das necessidades e dificuldades que os educadores encontrem em seu cotidiano, o direcione.

Na valorização deste momento, o coordenador deve pautar a reunião (htpc) de: “ação-reflexão-ação”, a interdependência, a abertura profissional, a colaboração e o respeito à capacidade do educador em enfrentar desafios relacionados ao seu cotidiano na escola, e para que ele consiga se superar é necessário estar sempre estudando , compartilhando aprendizado e buscando junto ao coordenador e a equipe, material necessário para se enriquecer neste momento ou em momento individual. Neste sentido, educadores e coordenador assumem o papel de formadores, torna a reunião (htpc) um espaço de valorização dos saberes compartilhados, redimensionando a atuação pedagógica e sua formação.

Hoje o  educador acaba sendo o mediador principal na formação da criança, é necessário criar e sinalizar condições para que a criança adote atividades, valores e hábitos necessários a um bom convívio social. Num contexto de desenvolvimento além de prestar cuidados físicos, criar condições para o desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional.

O educador tem que cuidar e educar. Na educação infantil o cuidar e o educar tem que andarem juntos, porém é muito importante que educadores(as) e pais tenham bem clara a concepção do que é educar e o que é cuidar. O cuidar é uma necessidade do ser humano. Educar são os ensinamentos e descoberdas da aprendizagem que as pessoas adquirem em todo o seu desenvolvimento.

O cuidar e o educar juntos são uma função pedagógica que permite o desenvolvimento da criança em sua diversidade e em sua realidade individual na formação de sua autonomia.

Sendo várias as dificuldades e os problemas enfrentados pelos educadores, coordenação e direção, para a participação dos pais na vida educacional dos filhos, juntos devemos buscar na prática diária propostas teóricas e legais, principalmente neste momento em que todas as posições mais recentes em educação ressaltam a necessidade da revisão do papel da escola na sociedade.

Pensar e realizar um trabalho com maior participação dos pais e educadores é o papel do Coordenador Pedagógico, e a possível contribuição que a minha proposta procura dar refere-se aqui a um trabalho persistente de participação na educação, que consiste essencialmente no desenvolvimento de um clima positivo de trabalho resultante da confiança mútua e do desejo firme de juntos obtermos êxito pleno.






BIBLIOGRAFIA

BERLINER, David. Atas do I Congresso Internacional sobre: O pensamento dos professores e a tomada das decisões. Editada por Luis M. Villar Angulo, Sevilha, 1986.

BLOG: magdasavian.blogspot.com.br

BRANDÃO, Zaia. A formação do professor e a questão  de educação das crianças das camadas populares. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, (40): 54-60, fev., 1982.

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros de Qualidade para a Educação Infantil, 2008, volumes 1 e 2.

CENAFOR. Reinventando a prática do orientador educacional e do supervisor escolar: a prática em questão. São Paulo, CENAFOR,1983.

CONFERÊNCIA Municipal de Educação, Novos rumos de uma educação participativa: construindo a cidadania,  Araçatuba 2009

LEI COMPLEMENTAR N. 204/2009 - Dispõe sobre os profissionais da educação básica e sobre a reorganização do Estatuto, Plano de Carreira, Vencimentos e Salários do Magistério Público do Município de Araçatuba e dá outras providências.

PÁTIO, Revista pedagógica, Ano XIII, Novembro  2009/Janeiro 2010


SAVIANI, DEMERVAL. Escola e Democracia, SP, Ed. Cortez, Aut. Associados, 1983.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Pianista é hostilizado por alunos em Campinas

Desabafo apela ao bom-sendo dos pais
G Paulista - 30/05/2013 15h13 | - Atualizado em 30/05/2013 - 16h19 
Marita Siqueira | marita.siqueira@rac.com.br




Em seu perfil no Facebook, André Mehmari fez um desabafo delicado sobre o ocorrido, sem citar a cidade e apelando ao bom-senso dos pais, que delegam à escola a educação dos filhos. Leia abaixo:
“Há uns dias participei como convidado especial de um projeto musical educacional, para jovens de escolas públicas, de 10-12 anos, aqui perto de SP. Levaram uma ótima banda, fizeram um roteiro bem bolado e caprichado com atores de primeira... e na segunda parte, a pedido da produção, entrei no palco, feliz da vida para falar de Nazareth e anunciar as canções que se seguiriam. Ao som de berros e injustificáveis vaias irracionais, ouvi toda sorte de grosseria: sai daí filho da p___! Vai tomar no Vai se ___! Fiquei um tanto cabisbaixo, mas segui quase firme e com muito orgulho falei um pouco dessa Música. Acompanhado por um super músico amigo, o percussionista e compositor Caito Marcondes, toquei desconcentrado e ainda estupefato uma suíte de maxixes Nazarethianos abraçando uma ária de ópera... É, eu queria falar pra eles dessa coisa bonita da Música, de não ter fronteiras, a não ser na cabeça de medíocres e preconceituosos. Mas a fronteira ali estava tão antes de qualquer pensamento, de qualquer diálogo ...tudo tão aquém de qualquer desenvolvimento, que abaixei a cabeça e levei mecanicamente a apresentação até o final, acreditando que se tocasse para um único par de ouvidos férteis naquela platéia de 600 jovens pessoas, já teria valido meu esforço, minha confiança na vida. Sei bem que educação é sempre desafio, e que o Brasil encontra-se muito longe de ter estrutura e pessoal adequado. Meu apelo aqui fica para os pais, que acreditam que a educação de um filho de dá na escola. Ela de dá principalmente em casa, neste nível fundamental da formação do caráter de um ser humano. Não coloquem filhos no mundo se não estão aptos e dispostos a dar uma formação cuidadosa e apaixonada a esses novos seres. E estou farto desse discurso politicamente soft-new-age-correto e praticamente inefetivo, de aceitar tudo e botar panos quentes em tudo que um jovem faz e diz: acredito que ele tem consciência de seus atos e cabe aos mais experientes apontar problemas, olhar essa turma como nossos semelhantes que em poucos anos estarão ocupando importantes cargos e funções. Educação é invariavelmente feita com amor e dedicação e essas são responsabilidades primordiais dos pais, depois da escola e da experiência. De qualquer maneira agradeço a oportunidade de tocar para esses jovens, mesmo tendo sofrido agressões que me ofenderam. Sei que aqueles que ouviram saberão me agradecer no futuro. E estarei plenamente recompensado e tranquilo!”
*Declaração postada no dia 25 de maio

SAIBA MAIS

André Mehmari é autor de composições e arranjos para algumas das formações orquestrais e de câmera mais expressivas do País, como Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Quinteto Villa-Lobos, Orquestra Sinfônica de Brasília (OSB), Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, entre outros. Como instrumentista, já atuou em importantes festivais brasileiros como Chivas, Heineken, Tim Festival, e no Exterior, como Spoleto USA e Blue Note Tokyo. A discografia reúne oito CDs solo. Recebeu duas vezes o Prêmio Nascente (USP-Editora Abril), na categoria Música Popular-Composição, com os temas De Sol a Sole Capim Seco (1995), e na categoria Música Erudita-Composição, com Cinco Peças para Quatro Clarinetes e Piano (1997). No ano seguinte, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Visa de MPB Instrumental. Com a composição Omaggio a Berio, baseada na música do compositor italiano Claudio Monteverdi (1567-1643), venceu o concurso nacional de composição Camargo Guarnieri (2003), promovido pela Orquestra Sinfônica da USP. Em duo com Ná Ozzetti, lançou Piano e Voz, considerado pela crítica uma obra-prima e vencedor do prêmio Carlos Gomes de música erudita brasileira na categoria revelação do ano. Em 2007, lançou Contínua Amizade (vencedor do Prêmio Rival/Petrobras na categoria instrumental) e Gismontipascoal (Prêmio da Música Brasileira). Com o álbum Nonada (2008), foi indicado ao Grammy Latino.

sábado, 11 de maio de 2013

OLHE O OUTRO - ROSELY SAYÃO



A empatia é um caminho para sair do individualismo e melhorar muito as relações sociais
Fui testemunha de uma cena que considerei comovente. Estava esperando uma colega à porta de uma escola, era a hora da saída dos alunos. Mães, pais e crianças deixavam o espaço escolar com diferentes humores e comportamentos.
Quem já teve a oportunidade de assistir a cenas semelhantes sabe que esse pode ser um momento um pouco confuso e barulhento, mas é sempre muito rico para quem gosta de observar a interação entre pais e filhos.
Uma mulher e seu filho, de uns cinco anos mais ou menos, chamou a atenção do meu olhar. Passei a acompanhá-los logo que passaram por mim. Ela andava um pouco atrás do menino, que estava totalmente focado em algo que levava nas mãos.
De repente, o menino jogou um objeto no chão e continuou a caminhar em direção ao carro que --logo depois percebi-- estava bem próximo ao local onde eles e eu estávamos.
Foi o desenrolar desse acontecimento que considerei comovente e, por isso, compartilho com você, caro leitor. Essa mãe olhou bem para o entorno de onde estavam e, em seguida, chamou o filho. O garoto atendeu ao chamado da mãe de imediato e, assim que ele chegou perto dela, vi a mãe se abaixar e conversar com o filho em um tom bem tranquilo.
Eu imaginei que ela fosse mandar o garoto pegar do chão aquilo que ele jogara e colocar no lixo, que estava próximo. Só essa atitude da mãe, que eu pensei que fosse acontecer, já me surpreenderia porque, vamos convir, essa é uma iniciativa não muito comum de ser observada no espaço público.
Mas essa mãe fez algo bem diferente, como descobri a partir da reação que os dois tiveram em seguida. Depois de uma breve conversa dela com o filho, que eu não pude ouvir, os dois voltaram o olhar para uma servente da escola que limpava as escadas por onde muitos pais saíam com seus filhos. Na sequência, o garoto pegou do chão o que jogara --parecia um pedaço de lápis colorido-- e levou até o cesto de lixo. E, calmamente, os dois entraram no carro e foram embora.
Devo confessar que senti uma imensa vontade de caminhar até essa mãe e parabenizá-la pela sua atitude com o filho. Entretanto, tímida que sou, continuei parada onde estava, mas totalmente envolvida em meus pensamentos com o que eu acabara de presenciar.
Não sei as palavras que essa mãe disse ao filho, mas percebi que ela chamou a atenção dele para a servente, uma pessoa que realizava um trabalho que a criança nem notara e que tampouco respeitara ao atirar no chão aquilo que tinha nas mãos. Eu não sei se essa mãe sabe, mas o que ela fez foi tentar despertar no filho aquilo que chamamos de empatia.
Ter empatia significa ser capaz de se identificar com o que uma outra pessoa sente em determinadas situações, em geral difíceis, que provocam emoções fortes.
Estar aberto para compreender o que se passa com outra pessoa é uma maneira de se colocar disponível para ajudá-la, portanto. E isso sem falar do respeito pelo outro que a empatia provoca.
Sensibilizar o filho para a empatia é parte do que nós chamamos de formação moral. Hoje, não são muitos os pais que se ocupam desse aspecto tão importante da educação dos mais novos, não é verdade?
Na atualidade, a empatia é coisa rara. Estamos muito mais propensos a realizar julgamentos severos sobre outras pessoas do que inclinados a procurar compreendê-las. É que olhamos muito mais para nós mesmos do que para os outros.
A empatia é uma maneira de sair do individualismo e de se abrir para a conexão com os outros. As relações sociais melhoram muito com o desenvolvimento do sentimento de empatia, portanto.
A realidade que temos vivido tem apontado incessantemente para a importância de formarmos crianças e jovens mais sensíveis aos outros. Isso pode tornar a vida deles muito melhor.
ROSELY SAYÃO é psicóloga
São Paulo, terça-feira, 07 de maio de 2013